Em agosto de 1820, comerciantes, juristas e militares da cidade do Porto lideraram o movimento que ficou conhecido como Revolução do Porto ou Revolução Liberal. Os objetivos do movimento eram por fim ao absolutismo com a instituição de uma Constituição que limitaria os poderes do rei, a saída de oficiais ingleses que controlavam o exército de Portugal, a volta da corte para Portugal e o fim da abertura dos portos e dos privilégios comerciais ingleses.
Com a vitória dos revolucionários e a instituição da constituição D. João VI foi obrigado a retornar a Portugal com toda a corte em 26 de abril de 1821. Pedro, herdeiro do trono, permaneceu no Brasil como príncipe regente.
As cortes de Lisboa (assembléia que decidia as questões políticas em Portugal) desejava o retorno do Brasil a sua condição de colônia e o restabelecimento do pacto colonial, com isso começaram a limitar a autonomia administrativa do Brasil e a exigir o retorno também de D. Pedro a Portugal.
As elites no Brasil (comerciantes e proprietários de terra) logo perceberam as intenções das cortes portuguesas e o quanto elas seríam prejudiciais aos seus negócios. Assim organizaram-se em torno de D. Pedro para resistir e desobedecer às ordens vindas de Portugal. Surgia assim o partido brasileiro, grupo formado por políticos como José Bonifácio, Cipriano Barata e Gonçalves Ledo, contrários à recolonização do Brasil.
O partido braileiro recolheram milhares de assinaturas pedindo a D. Pedro que não retornasse a Portugal. O que resultou no dia do "Fico" em 09 de janeiro de 1822. Em maio do mesmo ano o príncipe assinou um decreto pelo qual as ordens vindas das Cortes de Lisboa só seríam cumpridas se ele autorizasse.
O confronto chegou ao rompimento político com Portugal, decidido por D. Pedro e os que o apoiavam. Com a proclamação da Independência em 07 de setembro de 1822.
D. Pedro foi aclamado imperador do Brasil e coroado com o título de D. Pedro I, em 1º de dezembro de 1822.
Nenhum comentário:
Postar um comentário