quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Independência da América Espanhola

A Independência da América Espanhola é uma sucessão de eventos que se desenrolam entre o final do século XVIII e início do século XIX.
Através de uma conjugação de fatores que envolvem: a exploração espanhola através do pacto colonial; a influência dos ideais iluministas; e a participação da Inglaterra. O movimento emancipacionista ganha força.
O pacto colonial impedia as colônias americanas de comercializarem com qualquer outro país que não fosse a sua metrópole, no caso a Espanha. Que como intermediária diante do cenário internacional tinha a maior parte dos lucros.
Os ideais iluministas foram interpretados livremente e ao gosto das elites coloniais.
À Inglaterra, como país industrializado, interessava a quebra do monopólio espanhol para a obtenção de novos mercados para os seus produtos.
A estrutura colonial era composta por chapetones (espanhóis de nascimento a quem pertenciam os postos administrativos e políticos das colônias), crioulos (filhos de espanhóis nascidos na América, a quem pertenciam as terras, escravos, e eram também os grandes comerciantes) e a camada popular (composta por indígenas, mestiços, escravos e camponeses).
Os crioulos passam a desejar a independência por almejarem maior lucratividade com o livre comércio e participação política e a camada popular acredita que com a independência haveria igualdade, distribuição de riqueza e liberdade.
Sendo a perspectiva diferente entre a elite crioula e as camadas populares, já que, a primeira queria a independência, mas a manutenção da ordem social e seus privilégios de elite. E as camadas populares mudanças sociais. Nas colônias onde havia uma elite crioula forte e grande participação da população, os movimentos de independência demoraram mais, já que, as elites precisavam limitar a participação popular. No contrário, colônias com a população mais dispersa, os crioulos começaram mais cedo a luta pela independência.
Os principais líderes libertadores no México foram Hidalgo e Morelos. Na América do Sul: José San Martín (1778-1850); Bernardo O'Higgins (1778-1842); Francisco Miranda (1750-1816) e Simón Bolivar (1783-1830).
Apesar de termos um território contínuo, com práticas culturais muito semelhantes e, inclusive, um mesmo idioma, as colônias após emancipadas não formaram um único país, mas vários. Tendo como principal motivo a manutenção do controle regional das elites.
Nenhuma das nações européias colaborou com os movimentos de libertação na América, com excessão da Inglaterra. Ao contrário os países da Santa Aliança chegaram a esboçar a intenção de intervir a favor da Espanha.
Desde o início do século XIX os EUA deixaram clara a sua intenção de manter o continente sobre a sua influência, chegando o presidente James Monroe, em 1823, anunciar a mensagem que ficou conhecida como a Doutrina Monroe: "A América para os americanos".

Professor Vitório

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