sábado, 22 de outubro de 2011

Inconfidência Mineira


A extração de ouro na segunda metade do século XVIII caiu muito em comparação a primeira metade do mesmo século. No entanto a coroa portuguesa, querendo manter a sua margem de lucro, não reconhecia que o ouro diminuiu, ao contrário afirmava que o contrabando é que havia aumentado. Manteve assim seus pesados impostos.
A tensão aumentou quando o Visconde de Barbacena, governador das Minas Gerais, anunciou que haveria uma nova derrama, cobrança de impostos atrasados.
Os colonos começaram a se reunir e planejar um movimento contra as autoridades portuguesas e a derrama. Esse movimento ficou conhecido como Conjuração ou Inconfidência Mineira.
Parte dos líderes do movimento se ionspirava nos ideais do iluminismo, assim como nas idéias que inspiraram a Independência dos Estados Unidos (1776).
O movimento foi denunciado pelo coronel Joaquim Sivérios dos Reis em troca de perdão de suas dívidas à Fazenda Real. Vários integrantes do movimento foram julgados. Onze receberam a pena de morte, mas a rainha Maria I mudou a sentença para degredo perpétudo nas colônias de Portugal na África. Apenas Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, teve a pena de morte mantida, sendo executado no dia 21 de abril de 1792, quase três anos depois do ínicio da Conjuração Mineira.
Ao longo do tempo, várias foram as interpretações dadas a Inconfidência. Durante o movimento e sua repressão foi considerado uma traição à coroa portuguesa. No Brasil independente a figura de Tiradentes incomodava os monarcas, descendentes das autoridades que o condenaram à morte. E no Brasil repúblicano o movimento foi considerado como o primeiro a lutar pela Independência e Tiradentes passou a ser reconhecido como herói.

Prof. Vitório

sábado, 15 de outubro de 2011

Mercantilismo


O termo mercantilismo refere-se às idéias e práticas econômicas assumidas pelos Estados europeus na Idade Moderna, isto é, entre a metade do século XV e fim do século XVIII. Tais idéias representavam a vitória do reis e burguesia sobre os demais nobres que se baseavam no feudalismo. Com morarquias fortes os Estados modernos passaram a ter uma máquina administrativa grande e custosa, composta de exércitos profissionais, fiscais, administradores etc.

Práticas Mercantilistas

Metalismo - A riqueza de um Estado era medida pela quantidade de metais preciosos que ele possuía (ouro e prata). Daí, um dos objetivos fundamentais dos Estados era acumular tais metais.

Balança Comercial favorável - O objetivo era vender mais e comprar menos. De preferência vender mais produtos manufaturados e comprar apenas matérias-primas.

Intervenção Estatal - O Estado agia de diversas formas, controlando os preços, estimulando as manufaturas e definindo as taxas alfandegárias a fim de proteger o seu mercado.

Prof. Vitório

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Independência da América Espanhola

A Independência da América Espanhola é uma sucessão de eventos que se desenrolam entre o final do século XVIII e início do século XIX.
Através de uma conjugação de fatores que envolvem: a exploração espanhola através do pacto colonial; a influência dos ideais iluministas; e a participação da Inglaterra. O movimento emancipacionista ganha força.
O pacto colonial impedia as colônias americanas de comercializarem com qualquer outro país que não fosse a sua metrópole, no caso a Espanha. Que como intermediária diante do cenário internacional tinha a maior parte dos lucros.
Os ideais iluministas foram interpretados livremente e ao gosto das elites coloniais.
À Inglaterra, como país industrializado, interessava a quebra do monopólio espanhol para a obtenção de novos mercados para os seus produtos.
A estrutura colonial era composta por chapetones (espanhóis de nascimento a quem pertenciam os postos administrativos e políticos das colônias), crioulos (filhos de espanhóis nascidos na América, a quem pertenciam as terras, escravos, e eram também os grandes comerciantes) e a camada popular (composta por indígenas, mestiços, escravos e camponeses).
Os crioulos passam a desejar a independência por almejarem maior lucratividade com o livre comércio e participação política e a camada popular acredita que com a independência haveria igualdade, distribuição de riqueza e liberdade.
Sendo a perspectiva diferente entre a elite crioula e as camadas populares, já que, a primeira queria a independência, mas a manutenção da ordem social e seus privilégios de elite. E as camadas populares mudanças sociais. Nas colônias onde havia uma elite crioula forte e grande participação da população, os movimentos de independência demoraram mais, já que, as elites precisavam limitar a participação popular. No contrário, colônias com a população mais dispersa, os crioulos começaram mais cedo a luta pela independência.
Os principais líderes libertadores no México foram Hidalgo e Morelos. Na América do Sul: José San Martín (1778-1850); Bernardo O'Higgins (1778-1842); Francisco Miranda (1750-1816) e Simón Bolivar (1783-1830).
Apesar de termos um território contínuo, com práticas culturais muito semelhantes e, inclusive, um mesmo idioma, as colônias após emancipadas não formaram um único país, mas vários. Tendo como principal motivo a manutenção do controle regional das elites.
Nenhuma das nações européias colaborou com os movimentos de libertação na América, com excessão da Inglaterra. Ao contrário os países da Santa Aliança chegaram a esboçar a intenção de intervir a favor da Espanha.
Desde o início do século XIX os EUA deixaram clara a sua intenção de manter o continente sobre a sua influência, chegando o presidente James Monroe, em 1823, anunciar a mensagem que ficou conhecida como a Doutrina Monroe: "A América para os americanos".

Professor Vitório